Talvez você já tenha lido muito sobre inovação, não é mesmo? Coisas como o que é inovação, por que se deve fazer e como alcançá-la? Gostaria de contribuir com a sua busca relatando de forma bem objetiva os 3 principais erros que a maioria dos líderes de pequenas e médias empresas comentem em suas tentativas de inovar e se manterem vivos e prósperos no mercado. Vamos a elas:
Inovações radicais e disruptivas são verdadeiras revoluções de mercado, seja ele um mercado existente ou um oceano azul a ser descoberto. Elas mudam os hábitos das pessoas através de verdadeiras convulsões tecnológicas. Esse tipo de inovação normalmente é alcançada através de jornadas peculiares e arriscadas. É necessário ter pessoas altamente criativas, equipes multidisciplinares e altos investimentos. São inovações que são construídas em um contexto de risco, pois não raro precisam se distanciar de tudo o que já é feito e consumido para, com muita pesquisa e testes, vasculhar conceitos e tecnologias que não apenas surpreendam o mercado, mas que no futuro o transformem completamente. A grande particularidade dessa busca é que, ao mesmo tempo em que ela se propõe a revolucionar, ela corre igualmente o risco de gerar verdadeiros “elefantes brancos” que frustrarão as expectativas das empresas que adentram nessa empreitada.
Percebe, então, que não se vê esse tipo de revolução com muita frequência? Você também já deve ter percebido que o número de startups vem crescendo assustadoramente, não é verdade? Então, se há tantas empresas focando só em inovação, mas não se tem inovações impactantes com tanta frequência, é porque inovar radical e disruptivamente é coisa para poucos. Isso indica que poucos dentre aqueles que se aventuram conseguem revolucionar o mercado. Portanto, antes de optar por esse tipo de inovação, pense muito bem se você está mesmo disposto a correr tantos riscos!
Se as revoluções são para poucos, o que fazer para inovar, então?
Deixa eu te dar uma notícia: embora as inovações radicais e disruptivas não ocorram todo dia, seu impacto na vida das pessoas é avassalador. É esse impacto que as deixa sedentas pelo novo e que as leva a exigirem isso das empresas, indiscriminadamente. Acontece que, ao descobrir isso, as empresas correm e se debruçam sobre seus produtos, buscando uma forma de alterá-los e deixá-los cada vez melhores, pensando com isso estarem no caminho certo para atenderem às expectativas dos seus clientes. Nessa jornada, o que normalmente acontece é que elas se deparam com um caminho de incertezas e alto custo, que pode levá-las à obsolescência. Mais do que difícil, alterar o produto é algo muito arriscado, pois ao mergulhar no universo do produto você se restringe e deixa de mergulhar no universo do cliente, que é o real demandante de inovação.
A inovação não possui uma fórmula, mas evitar alguns caminhos pode agilizar sua jornada!
Existe uma citação atribuída a Einstein que diz “Se eu tivesse uma hora pra resolver um problema e minha vida dependesse dessa solução, eu passaria 55 minutos definindo a pergunta certa a se fazer”. Fazer a pergunta certa é definir uma problemática a ser abordada e essa problemática, por si só, pode ser um direcionador de boas ideias. Então, a terceira coisa que você precisa saber é que, diferente do que muitos defendem, inovar não é sobre buscar grandes ideias. Sim, toda inovação começa como uma ideia, mas mais importante, a ideia deve ser precedida por um problema muito interessante.
Eu explico…
Há muitas ideias a procura de um problema para resolver, há muitas ideias precisando de validação. São ideias que surgem de forma aleatória, sem a devida vinculação a um problema relevante. Isso resulta em muito desperdício de tempo e dinheiro; também gera muitas falhas, porque ao invés de se identificar um problema e, a partir disso, trabalhar as ideias para solucioná-lo, tem-se uma ideia e se inicia uma busca por um problema em que essa ideia se encaixe como solução: um jogo de tentativas e erros. Boas ideias só produzem inovação se elas resolvem bons problemas, pois só assim é possível atingir em cheio o sucesso! Por isso, não procure uma boa ideia, procure um bom problema, pois dessa forma será mais fácil descobrir um caminho a seguir.
Inovações disruptivas e radicais são para poucos. Empresas tradicionais possuem cultura madura voltada a resultado, diferentes de empresas em estágios de formação (startups), com culturas criativas e, ao mesmo tempo, destrutivas de ideias. Além disso, médias e pequenas empresas possuem recursos humanos e financeiros limitados em comparação a grandes corporações e a fundos de risco, que financiam “empreendimentos de garagem” que possuem alto potencial de se tornarem negócios bilionários. O que fazer então? O importante, como primeiro passo, é não inventar a roda, ou seja, não querer criar uma nova inovação, mas aplicar no seu negócio as inovações que já deram certo. Ofereça aos seus clientes os atrativos que as grandes inovações criaram neles, quando elas modificaram seus hábitos e expectativas. Desta forma, sua inovação terá os benefícios do novo sem o risco e investimentos dos percursores.